quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Do fundo do Baú!!!

Hoje conversando com alguns colegas, me lembrei de alguns poemas que guardava no baú, foi até difícil encontrá-los. É incrível notar o quanto as coisas mudam em nossas vidas, as dores, os amores, as rimas, os versos, os recados.

Segue um dos meus trabalhos de uma data que já não me recordo mais:

Bêbado Sedento

Corre em minhas veias
Até a artéria Fria
Ainda Escuto a Batida
Até o rompimento do mensageiro

Comunique os órgãos cansados
A este Fígado Alcoolizado
embriagados pela vida

Essa Bebida sem Glicose
Onde o Ardente está na morte
Deste ser Diábético Abiótico
Fraco a cada dia

Das pessoas amigas
Sem o ácido aminado
Por elas corpo mutilado
De mágoas e feridas

Nesta Alcova que faz eco
O diálogo é com vento
Que perco na asfixia

Em sete minutos de despedidas
Sorvido ar desordenado
Que no Pretérito de ódio me sufocado
Reflexos da inconsciência vivida

Respiração parando
Nunca mais circunlóquios se quer
Dos mascarados desta vida

Em lentos movimentos
despeço-me
Nessa... Naquela... Asfixia
de um Bêbado Sedento.

2 comentários:

  1. Óh pobres almas etílicas o fim sempre um tormento, nunca servem um desalento! A ultima dose!

    Muito bom mesmo!

    beijo

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